sexta-feira, dezembro 22, 2006

Fog.

Sabe-me este beijo à tua boca. Violo as leias da tristeza e vejo, entre portas e olhares de fugida, que me amas, vejo nos teus olhos um sim rasgado de sorrisos, que nunca se assoma aos teus lábios, por pudor e medo.

Vejo o mar dos teus cabelos deitado em praias de lençóis e observo a tua respiração. Sinto o teu peito nas minhas mãos, que brincam com o tempo, os minutos, que nunca temos.

Espero. Tanto que me doem os ponteiros dos relógios alheios, quando os olho, na esperança de que tenham passado mais uns anos, e possa finalmente olhar e ter à minha volta todos os detalhes de todas as visões que me rasgam o peito e atraiçoam as lágrimas quando me sinto a desvanecer.

Falta de açúcar no sangue, dirão alguns. Estarei amarga, diz a minha Mãe. Cheia de esperança e coragem, digo eu.

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